Estreante
das Olimpíadas Escolares 2012, etapa de 12 a 14 anos, as primeiras competições
da luta olímpica foram realizadas na tarde desta sexta-feira, dia 7, no Ginásio
de Esportes Moleque César, em Poços de Caldas. Na final da categoria médio, a
representante de São Paulo, Larissa Pimenta, venceu Izabelly Jonas, do Espírito
Santo. Na categoria pesado, Amazonas levou a melhor sobre São Paulo, com o ouro
de Bianca Melo e a prata de Beatriz Andrade. No peso leve, Ermeralda Silva, do
Amazonas, ficou com o topo do pódio, seguido por Natália Carvalho, do Distrito
Federal.
A
paulista Larissa, medalha de ouro na categoria médio, comemorou o resultado e
contou que sua atuação na luta olímpica teve início por influência do judô. “Os
dois têm golpes muito parecidos. Lutei judô por um tempo e depois me
encaminharam à luta olímpica. Estou muito feliz com meu desempenho”, comentou.
O
Embaixador Antoine Jaoude compareceu ao ginásio para acompanhar os combates
femininos. Jaoude disse ter se surpreendido com o nível técnico das atletas.
“Estou vendo vários futuros talentos. Assisti a algumas disputas e posso
garantir que desse campeonato sairão futuros campeões olímpicos. O resultado
futuro será muito bom para a modalidade”, revelou.
A
luta olímpica ainda aparece tímida entre as delegações. Nem todos os estados
enviaram representantes para as competições das Olimpíadas Escolares. Mas de
acordo com Antoine Jaoude, essa situação deve começar a mudar. “Com a entrada
da luta na competição, a tendência é que a divulgação seja maior e traga novos
competidores”, destacou.
Caminhando
nesse rumo, está o árbitro e ex-atleta de luta olímpica Flávio Cabral Neves,
que desenvolve um projeto no Instituto de Ensino Ismael Coutinho, em Niterói.
Cabral organizou um grupo de crianças e oferece treinos gratuitos. “O fato de a
luta olímpica ter entrado para as Olimpíadas Escolares aumentou muito a procura
pela modalidade. Em grandes competições, os vencedores são atletas muito
jovens, com 22, 23 anos. Começar a treinar esses alunos na faixa dos 12 anos é
uma forma de termos representantes de peso em futuros eventos olímpicos e
mundiais”, declarou.
Para
Antoine Jaoude, as OEs devem incentivar a criação de centros de formação de
lutadores. Segundo Jaoude a luta olímpica está crescendo muito no Brasil,
graças a divulgação da modalidade nos Jogos Olímpicos, mas o trabalho com os
lutadores deve começar cedo. “Na Rússia e nos Estados Unidos, as crianças
começam a treinar com 8 anos. E há muito tempo fazem esse trabalho de base. Com
isso sendo feito Brasil, acredito que também poderemos ser uma potência
olímpica”, finalizou.
As
Olimpíadas Escolares são organizadas e realizadas pelo Comitê Olímpico
Brasileiro, correalizadas pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo e
apoio da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas e Governo do Estado de Minas
Gerais.
Fernando
Soutello/AGIF/COB
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