sábado, 15 de setembro de 2012

Técnico da seleção brasileira feminina Sub-15 observa jovens talentos nas Olimpíadas Escolares



Objetivo é mapear os destaques para futuras seleções brasileiras
Técnico da seleção brasileira feminina Sub-15 de basquete até o ano passado e auxiliar de Luis Cláudio Tarallo na seleção brasileira adulta nos Jogos Olímpicos Londres 2012, Cristiano Cedra continua trabalhando com a detecção de jovens talentos do basquete brasileiro. Em Poços de Caldas (MG) desde segunda-feira, Cedra observa os jogos dos torneios femininos das Olimpíadas Escolares 2012, categoria 12 a 14 anos, conversa com os técnicos e anota contatos de possíveis futuras estrelas do esporte nacional. Nesta sexta-feira e no sábado, ele estará acompanhando as semifinais e finais dos três torneios femininos, no ginásio da Caldense, das 8h30 às 18h, com entrada franca.

Nas OEs, Cedra realiza dois tipos de levantamentos: para as seleções brasileiras de categoria e para o Projeto de Desenvolvimento de Talentos. “O número de atletas que defendem a seleção brasileira não e muito grande e o número de talentos que aparecem em uma Olimpíada Escolar é exponencialmente muito maior. Já tenho catalogado um número muito grande de meninas. Algumas tem potencial, mas precisam de uma etapa de desenvolvimento. Precisamos tirar do papel esse projeto de desenvolvimento para manter mais meninos e meninas no esporte”, afirmou Cedra, enquanto observava o jogo entre o Colégio Portinari (PR) e o Santa Mônica Madureira (RJ).

Segundo ele, o basquete exige muito treino para se atingir um nível de excelência e que muitos talentos são desperdiçados no país do futebol. “O basquete é muito complexo. Meninas até 14 anos nunca vão estar prontas nessa idade. Elas precisam de treino, perseverança. Então o olhar aqui é daqui a alguns anos e as Olimpíadas Escolares são um grande incentivo para essa garotada”, opinou.

Técnico das categorias de base do basquete masculino, André Germano também está em Poços de Caldas de olho na garotada. Além dos futuros atletas, as Olimpíadas Escolares são ainda um grande celeiro de árbitros, principalmente do basquete. Com o pensamento voltado para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, o coordenador de arbitragem da Confederação Marcelo Ávila escolheu árbitros jovens de diversos estados brasileiros para ganhar experiência de competição.

Marcelo roda os quatro ginásios que recebem os torneios das três divisões do basquete e filma os jogos para, à noite, mostrar detalhadamente acertos e erros. “É um trabalho complexo que vai desde a postura dos árbitros em quadra ao conhecimento das regras”, explicou Ávila.

AGIF/COB/
RODOLFO SANTOS

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