Em entrevista à Record News
e ao Portal R7, Aldo Rebelo falou sobre as ações brasileiras para receber o
Mundial de 2014
O
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, concedeu na tarde desta segunda-feira, 8, uma
entrevista ao Portal R7 e à Record News. Na ocasião, comentou diversos aspectos
da preparação brasileira para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Confira alguns
trechos das respostas do ministro.
Investir em Copa
contra investir em outras áreas
Não
há contradição entre esses aspectos. Pelo contrário. A Copa é uma oportunidade
de desenvolvimento para qualquer país, assim como a Olimpíada. Juntas, as duas
competições vão gerar 3,6 milhões de empregos. Isso é mais do que um Uruguai só
de empregos gerados. Há, ainda, bilhões em arrecadação de tributos. Tributos
que podem ser destinados para saúde, educação, moradia, meio ambiente.
Financiamento das
arenas
Há
modelos diferentes. Existem estádios privados, como o do Internacional, do
Atlético Paranaense e o do Corinthians. Nesses casos, as empresas privadas
responsáveis pelas obras, como consórcios e empreiteiras, fazem empréstimos do
BNDES com as mesmas garantias de qualquer atividade econômica. No caso do
Corinthians, por exemplo, o dinheiro é emprestado à Odebrechet. A Odebrecht se
acerta com o Corinthians. Há, também, casos de Parcerias Público-Privadas, como
no Rio Grande do Norte. Nesse caso, empresas constroem mediante garantias de
exploração por um determinado período de tempo. E há outros casos, como o de
Pernambuco, que está fazendo uma Cidade da Copa. Dentro de uma área de 240
hectares vai ter estádio, faculdade, conjunto habitacional, shopping. Várias
dessas arenas estão sendo procuradas por grandes administradoras europeias, que
enxergam a possibilidade de usá-las não só como campos de futebol, mas como
centros de espetáculos.
Possibilidade de
estádios serem elefantes brancos
Não
há. Primeiro porque não temos elefante na fauna brasileira. Em segundo lugar,
os estádios foram concebidos para serem usados não só como campo de futebol. Os
estádios dos anos 1970, sim, eram do tipo que só dava para jogar futebol. Vejam
o exemplo de Wembley, na Inglaterra: lá há uma média de 12 jogos por ano. O que
sustenta o local? O museu do Bob Moore, casamentos, bares, restaurantes,
passeios, eventos, congressos, feiras. Na maior parte do tempo, é muito menos
um estádio e muito mais um centro de eventos.
Andamento das obras
Os
estádios estão em dia. Teremos alguns entregues para a Copa das Confederações,
que será em 2013, e outros para o Mundial de 2014. O ritmo é controlado
diariamente pelo ministério e semanalmente há relatórios. Eu visito as arenas a
cada três meses. Verifico item por item, principalmente os que estão sujeitos a
importação e fornecimento de terceiros. Além disso, há obras em andamento em
portos, aeroportos, mobilidade urbana, obras do PAC que transferimos para a
Matriz de Responsabilidades e que estão sendo realizadas ou pelo governo federal,
ou pelo governo estadual ou pelo governo municipal.
Mobilidade urbana
A
ideia das intervenções de mobilidade urbana é oferecer à população mais
conforto. Estamos acompanhando de perto com prefeituras e governos estaduais.
Essas obras são legados importantes, mas não estão condicionadas à realização
da Copa. Já eram do PAC e resolvemos antecipar para a Copa porque tornava a
realização da Copa mais confortável para a população e os turistas.
FIFA e governo
federal
Temos
uma responsabilidade partilhada. Quando a FIFA deu ao Brasil a chance de ser
organizador do evento foi um crédito de confiança num país, num Estado e no
governo. Assinamos encargos e assumimos responsabilidades, o que é natural,
porque além de um grande evento para 3 bilhões de espectadores e dezenas de
investidores, a Copa atrai centenas de milhares de turistas.
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